Você que tem financiamento habitacional provavelmente não deve ter                                                           feito as contas para saber se a prestação que está pagando está de                                                               acordo com o contrato, certo?

                                                         

                                                         Perfeitamente normal.

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                                                         Além da dificuldade em interpretar o contrato, quase sempre extenso                                                           e confuso, as contas são mais complexas do que parecem. Mas vamos                                              resolver isso.

                                                         

                                                         No SAC, a amortização é constante. O que isso quer dizer? Que o                                                                 valor a ser amortizado do saldo devedor em cada parcela é o mesmo                                                           do começo ao fim do contrato. As variações no valor das parcelas                                                                   decorrem exclusivamente do valor dos juros, que são mais altos no começo e menor no final, por isso as parcelas reduzem com o tempo.

 

No PRICE, a amortização não é constante, ela é crescente. No começo se paga muito juros e se amortiza pouco do saldo devedor, porém isso vai mudando ao decorrer das parcelas. Dessa forma, juros e amortização se combinam de tal forma que o que é fixo nesse sistema é o valor das parcelas.

 

No SACRE, a amortização é crescente como no PRICE e as parcelas reduzem como no SAC, por isso costumam dizer que se trata de um sistema misto. Nesse sistema, apesar das semelhanças, tanto o ritmo de redução das parcelas como o de aumento da amortização do saldo devedor ocorrem mais lentamente, quando comparados ao SAC e ao PRICE.   

 

Para entendermos melhor, as figuras a seguir apresentam a composição das parcelas, ou seja, o que é juros e o que é o principal, assim como a evolução de seu valor:

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Qual é o melhor sistema?

 

Depende, e depende muito principalmente das regras acessórios contidas nos contratos e dos planos de pagamento do mutuário.

 

Para quem prefere prestação fixa, PRICE. Para quem prefere prestações que são mais altas no começo, mas que reduzem em maior velocidade, SAC. Para quem pretende parcelas que reduzem em ritmo menor, mas a parcela do principal aumenta constantemente, SACRE.

 

O alerta vem principalmente sobre as regras acessórias dos contratos, em especial ao que diz respeito à antecipação no pagamento das parcelas. Existem contratos que não permitem o pagamento das parcelas livremente de trás para frente, ou seja, existe um limite na quantidade de parcelas que poderão ser pagas com menos juros ou sem nenhum juros.

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Na hora de decidir, considere principalmente seu plano de longo prazo e pondere o valor das parcelas com aquilo que pretende fazer nos próximos anos, como pagar uma parcela atual e uma futura, amortizar anualmente o saldo com seu 13 salário ou mesmo quitar o contrato após receber um dinheiro previsto, mas com data incerta.​

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Fernando é Administrador e Contador e atua como perito em cálculos em processos judiciais para o TJDFT, TRF1 e TRT 10