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Fuja da temporada de acidentes!

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       Com as primeiras chuvas, essa camada superficial é lavada e esfregada pelos pneus que ali trafegam. 

    O problema é que aquele líquido que se vê, não é simplesmente água. É uma mistura que, sem exagero, parece sabão.

     Reduz-se muito a aderência dos pneus e a capacidade de frenagem dos veículos. 

    O pior vem agora: Repare que o acúmulo de detritos de borracha deve ser maior justamente nos pontos da pista em que se exige mais dos pneus: nas curvas e nos pontos de frenagem (antes de semáforos, faixas de pedestres...) Olha o problemão!

     Segunda razão: Nós condutores, depois de 6 meses de seca, já nos esquecemos como dirigir na chuva!

    Estão tão acostumados com os freios funcionando bem que não nos preocupamos em aumentar a distância em relação ao carro da frente. 

     Nem parece importante reduzir a velocidade...

  Nós simplesmente não sabemos sob quais condições de visibilidade estão dirigindo os outros condutores.

     Quem tem palheta do limpador de parabrisa que não resseca de um ano para o outro?

     Veículos sem ar condicionado podem estar completamente embaçados!

     Por isso, de dia ou de noite, sob chuva: acenda os faróis!

     Esquecemos que buracos invisíveis surgem no asfalto logo nas primeiras chuvas.

     Debaixo de chuva, os pedestres não andam: eles correm!

     Atropelamentos ficam muito mais frequentes.

     Poças são um problema triplo, podem ser mais fundas que parecem, podem esconder buracos e podem provocar aquaplanagem.

     A propósito, você sabe o que é aquaplanagem?

     Não!? Bom, isso é assunto para o próximo texto!

     Essas razões me parecem mais do que suficientes para aumentarmos nosso nível de alerta no trânsito.

Em resumo:

Chegaram as chuvas? Confira logo o estado dos seus pneus, faróis e palhetas. 

Está chovendo? Relaxe, espere a chuva diminuir para sair de carro. Tome um café, converse um pouco...

Já está dirigindo? Reduza a velocidade, aumente a distância para o carro da frente. Esqueça o celular!

Pela paz no trânsito!

 

Leonardo Lacerda é engenheiro mecânico, perito judicial em acidentes de trânsito.

     Em Brasília, com a chegada das chuvas, a natureza floresce, nossos narizes e pulmões agradecem, mas florescem também os acidentes de trânsito.

     Depois de anos lidando com acidentes, acredito que são duas as principais razões para isso:

     Primeira: Com o asfalto de Brasília, acontece um fenômeno bem específico, algo que não se vê nas outras cidades:

     É que como o período de seca é muito prolongado, a superfície do asfalto vai acumulando detritos vários, partículas de borracha dos pneus, óleo e fluidos automotivos, sabe-se lá mais o quê. 

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